sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SOB E SOBRE O GONIMÓTITA - Equipe Tribo de Atenas

Quaisquer dificuldades, mediante um empenho de valor incomparável são só desafios que estimulam ainda mais a conquista. Qualquer pedra no caminho estimula a criação de um novo meio de passagem; este, por sua vez, que esteja cabível nas condições éticas que nos deparamos na sociedade.
Gonimótita foi criado para promover a cultura da microrregião do Vale do Açu e, além disso, promover a cobertura completa de todos os fatores que ocorreram e estão ocorrendo agora mesmo, enquanto esta matéria é escrita, na II SEATEC. Para fechamento dessa primeira etapa, querendo já firmar que não será a única, queremos aproximar ainda mais aqueles que nos seguem e buscam em nossa equipe um meio de obter informações, proporcionando conteúdos acerca do nosso projeto.
SOBRE OBJETIVOS, EXPECTATIVAS E CRIAÇÃO: Como ponto inicial para a criação, temos a história do Gonimótita cercada por um evento, especificamente sobre uma parte do evento, uma gincana estudantil. Em tal etapa, nos foi proposto a criação de um blog, sujeito à uma avaliação, que cobrisse tudo que ocorreria em tempo real. Estendendo a proposta, começamos com uma seleção de informações com referências bibliográficas que tratassem da microrregião em que o Campus Ipanguaçu do IFRN, essa iniciativa foi oriunda das percepções tidas durante a busca de fontes sobre a economia, mostrando que a cultura dessa região é escassa, que em meio virtual há a falta de tais meios de promoção cultura. Grandes projetos detêm sobre si grandes expectativas e objetivos; a princípio, começamos com o intuito de pontuar na avaliação da gincana, mas o apreço pela educação nos trouxe um novo objetivo: promover a cultura da microrregião e, ainda, expandir também a qualificação dos alunos do Campus, pois, muitas vezes, percebemos que os mesmos sentem-se inferiores ao de outros campi da Instituição. Com um trabalho de equipe forte, alcançamos todos eles e, ainda, obtivemos reconhecimento e méritos, independentemente de pontuar ou não.
ETMOLOGIA “GONIMÓTITA”: Fazendo referência ao nome da equipe, “Tribo de Atenas”, procuramos uma palavra no dialeto grego que causasse uma certa confusão tanto pela pronúncia quanto pelo significado. Então, a palavra encontrada foi: GONIMÓTITA. Ela significa FERTILIDADE em nossa linguagem, tudo que a região em questão possui, semeando a fruticultura irrigada e a agricultura em terras que, antes, eram tidas como inférteis e, hoje, as potencialidades são influenciadas por tal condição.
METODOLOGIA
            BASE METODOLÓGICA: Como estamos inseridos e representando o meio acadêmico do IFRN, tentamos nos adequar a normas contidas no livro “O que é Jornalismo”, de Clóvis Rossi, que infere o seguinte sobre o jornalismo: “(...) é uma fascinante batalha pela conquista da mente e do coração de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes.” E, tentamos fazer de nossas atitudes um exemplo de ética e profissionalismo evitando, muitas vezes, revidas aquilo que nos foi colocado. Nos baseamos na imparcialidade, mostrando todos os lados de um fato, tanto o positivo quanto o negativo, tentando deixar de lado, o máximo possível, a subjetividade; pois, ainda, segundo o livro: “(...) a imprensa, de acordo com o mito da objetividade, deveria colocar-se numa posição neutra e publicar tudo o que ocorresse, deixando ao leitor a tarefa de tirar suas próprias conclusões.”Por fim, tentamos nos tornar um blog jornalístico, tomando como base a seguinte citação bibliográfica: “A função de um jornal de qualquer não é apresentar textos de grande originalidade, mas simplesmente apresentar bons textos, com muita informação e rigorosa exatidão”.
            FORMAÇÃO METODOLÓGICA
                        Pré-Cobertura sobre Temáticas: As temáticas que tomamos para o trabalho em equipe foram “Desenvolvimento e Potencialidades do Vale do Açu” e, ainda, “101 Anos do IFRN e 4 Anos do Campus Ipanguaçu”, além da finalidade real imposta pela Coordenação do Evento: Cobertura da II SEATEC. Em cima de tais temas, começamos a proporcionar um repertório de informações para que, todo o corpo discente, nos dias do evento, estivesse a par de tudo que iria ocorrer, formulando suas dúvidas sobre o tema e refinando as mesmas.
                        Utilização de Referências Bibliográficas Regionais: Na pré-cobertura, necessitamos de referências que promovessem a cultura regional e, como em meio virtual elas eram escassas, procuramos em bibliotecas das cidades fontes antigas, como livros de duas décadas atrás, conseguindo informações sobre formação cultural e cidadã das cidades que compõem todo o Vale.
                         Informações sobre a II SEATEC: Antes mesmo do acontecimento do evento, disponibilizamos informações sobre os minicursos, palestras e, ainda, sobre as inscrições, tudo isso através do site oficial do evento e twitter do mesmo.
                        Divulgação nas cidades da Microrregião: Visando a formação do vídeo, foram elaboradas várias viagens dentre todas as cidades da microrregião, repassando à pessoas influentes da região o endereço do blog, juntamente com o site do evento e da instituição para que eles pudessem se situar sobre os acontecimentos, contribuindo para a repercussão da II SEATEC.
                        Cobertura em TEMPO REAL: Durante o evento, até mesmo agora, estamos repassando todas as informações do mesmo. Nos dividimos em dois grupos, um para as postagens e outro para buscar as fontes; o último ficaria com o papel de contornar as dependências do campus à procura de novidades para colocar no tempo real em que estava ocorrendo.
                        Revisão Ortográfica e Diagramação Padrão: Na formação do corpo de nossos textos, sempre nos preocupamos com a ortografia e manter mesma fonte, tamanho e especificação de margens, de acordo com algumas condições da ABNT e a variante padrão da língua. Toda essa preocupação se deu devido a representação já que, como alunos do IFRN, representamos o Campus Ipanguaçu e, como um dos objetivos era mostrar o potencial de seus alunos, caso aparecessem erros gritantes da língua portuguesa, isso tornaria diminuta a imagem que estávamos fazendo representação.
            EXCLUSIVIDADES E PARCERIAS: Como meio de divulgação, ainda, conseguimos o apoio do 5º blog mais acessado de todo o estado potiguar, do Suébster Neri (http://www.sneri.blog.br/), que inferiu o seguinte sobre nosso blog: “Adicionei o blog de vocês nos que eu sigo e recomendo pelo meu blog. Sucesso!”Houve, ainda,  uma entrevista exclusiva com Canindé Soares, um fotojornalista responsável pela exposição “Espetáculo das Águas” que se apresentaria em uma exposição dentro do evento. O IFRN em Pauta, por sua vez, elogiou o Gonimótita e o condicionou como um dos melhores projetos que representam o Campus Ipanguaçu.

CONSIDERAÇÕES E AGRADECIMENTOS: Esses são índices que provam que, nossas barreiras e tudo aquilo que nos foi imposto e que tivemos que agüentar por ética e profissionalismo – sim, o real e não o falso profissionalismo – trouxeram como conseqüência, além do crescimento acadêmico e profissional, promovendo o espírito de equipe, uma condição de sucesso pleno. Esse sucesso é o que nos motiva a continuar, mesmo depois da II SEATEC, difundindo a cultura regional e mostrando que, acima de qualquer competição ou avidez por vitória, está o crescimento individual e coletivo, trazendo méritos não só ao Campus, mas àqueles que encontraram provocações e diversos problemas, resolvidos com paciência e determinação. Então, o agradecimento é necessário, principalmente, a todos da Tribo de Atenas e, ainda, aos terceiros que motivaram ainda mais o trabalho. Daqui para frente, tentaremos conciliar nossa segunda etapa, que é bem mais ampla, e manter o mesmo sucesso que obtivemos nessa que tem seu término agora.

DE ESCOLA DE ARTÍFICES A INSTITUTO FEDERAL - 101 ANOS

A história desta instituição começou em 23 de setembro de 1909 quando o então Presidente Nilo Peçanha assinou o decreto de criação de 19 Escolas de Aprendizes Artífices, entre as quais a de Natal.  Instalada em janeiro de 1910 no antigo Hospital da Caridade, onde atualmente funciona a Casa do Estudante de Natal, a Escola de Aprendizes Artífices oferecia curso primário, de desenho e oficinas de trabalhos manuais.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

REFLEXÃO CRÍTICA – A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA CORRETA


A equipe jornalística responsável pelo Blog GONIMÓTITA, preocupada em informar notícias e matérias de boa qualidade, preza por uma responsabilidade completa com as postagens que são feitas e divulgadas aqui. Portanto, exigimos de cada integrante da equipe bastante atenção e compromisso na hora de escrever, pois temos em mãos a imagem do Instituto Federal, já que é dele que fazemos parte, e trata-se de um evento que se realiza dentro do mesmo. É extremamente importante medirmos tudo que estamos fazendo, editarmos e reavaliarmos, consultarmos e tirarmos dúvidas em ortografia, mantermos a notícia o mais fiel possível ao real e, não menos importante, decidirmos qual a melhor forma de passar a manchete para os leitores, com o intuito de não passarmos batido da competência que apresentamos desde o início até agora. Agradecemos todos os elogios e incentivos que recebemos de todos vocês – leitores – que mandaram seus comentários, tanto ao vivo como por escrito. Esse Blog foi feito para vocês! Escolhemos um pequeno texto que fala exatamente sobre esse assunto, para que vocês também avaliem e levem consigo a mensagem de que a ESCRITA CORRETA deve ser levada em conta na hora de escrever. Obrigado a todos.

                                                                                                                              
PORQUE UMA ESCRITA BONITA E CORRETA É IMPORTANTE
Fonte: Guia Brasil Blog                                                         

Para muita gente a escrita pouco importa, se a letra é bonita, se as palavras estão escritas da maneira correta não tem importância, mas ao contrário do que eles pensam a ortografia gramatical às vezes é mais importante do que uma boa fala, por isso é que nas escolas há mais aulas de Língua Portuguesa do que outras matérias, em alguns estados há além de aula gramatical, aula de leitura para reforçar o conhecimento das palavras no aluno. Apesar de tudo ter se informatizado e facilitado a vida do ser humano, as palavras continuam sendo o meio de comunicação mais importante, viável e utilizado do mundo, por estar em constante uso é que precisamos exercitá-la para não perder a prática, seja numa conversa formal ou até mesmo informal, pelo computador é muito feio escrever palavras erradas, nos documentos a gafe fica ainda maior. A escrita bonita e correta é muito importante em qualquer idioma porque demonstra que você tem conhecimento sobre o que está escrevendo. Quando o idioma a ser escrito é o português é necessária muita atenção para não trocar Z por X nem confundir com S ou C ou então Ç, nunca trocar L por R, saber a regra de M e N, quando a palavra pede um R ou então RR, quando o porque é junto ou separado, estes são alguns truques que todos temos que decorar para quando formos escrever uma carta qualquer ou um documento importante não errarmos e não “pagarmos mico”.

IFRN CAMPUS IPANGUAÇU: 4 ANOS REFINANDO EDUCAÇÃO COM QUALIDADE E EFICIÊNCIA


Com uma implantação que enfrentou vários problemas, encontramos hoje um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) situado na base física da cidade de Ipanguaçu.
Como o governo dificultava muito a expansão e interiorização dos antigos Centros Tecnológicos, muito tempo foi se sucedendo até que, 4 anos atrás, com o projeto de interiorização, foi destinado ao município de Ipanguaçu o privilégio de situar um Centro Tecnológico que propiciasse para a educação uma considerável melhoria.
Só em 2006, a Fazenda-Escola Ceneticista Professor Arnaldo Arsênio de Azevedo, que em 1999, já ficara sob a jurisdição do CEFET-RN utilizando a nomenclatura de Centro de Tecnologias e Agronegócios do Vale do Assu, passou a ser, oficialmente, um Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), marcando o primeiro passo da expansão das redes federais de ensino tecnológico.
Nos seus 4 (quatro) anos, o Campus Ipanguaçu passou por várias dificuldades, tais como as enchentes oriundas das cheias do rio Piranhas-Açu. Contudo, os muitos desafios encontrados proporcionaram uma valorização do mérito alcançado através da interiorização já que, o espaço educacional tem sido remontado, passando a deter sobre si altos índices de melhoria.
O espaço é modificado através das ações de promoção do caráter cidadão do indivíduo, além de refinar o conteúdo contido no senso comum, mudando visões e proporcionando qualificações para atuar no meio externo, isto é, no mercado de trabalho. Sendo, assim, uma das potencialidades do futuro que trará o beneficiamento de ações sustentáveis para a economia, preservando as matérias-primas dos recursos econômicos; além de mudar perfil trabalhista da região.
Muitas melhorias físicas já ocorreram e continuam a ocorrer, em prol do beneficiamento da educação pois, apesar de ser um campus que abrange apenas dois cursos, estes, por sua vez, transformam pessoas que teriam acesso à uma educação de baixa qualidade, em cidadãos analíticos e críticos, imperando mudanças através de suas visões sociais.
A equipe do Gonimótita, portanto, agradece pelo trabalho prestado por toda a equipe acadêmica, desde o pessoal da limpeza, passando pelas coordenações e demais servidores, até os nossos colegas de instituição; pois, sem a presença destes, a instalação do campus não seria possível.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

NOTA - MAIS ARTIGOS NO 4SHARED

Novamente, nossa equipe se dividiu entre todos os minicursos e buscou adicionar ainda mais artigos à nossa conta do 4shared. Muitos dos ministrantes procurados comunicaram à equipe que passariam os artigos no fim de seus minicursos, outros já nos repassaram e, para não perder tempo e proporcionar informações àqueles que acessam o blog com uma maior frequência, estamos divulgando agora os artigos que já possuímos. Assim que possível, colocaremos mais links com os artigos das palestras e minicursos.

Experimentos em Sala de Aula - Abordando a História da Química - Componentes: Cynthia Gabriela, Jênio Campelo, Marlizia Oliveira, Nicolle Matias e Williane Freitas.
A Morte do IPV4 -Sonyelly.Rayanne Santos Lopes.

LITERATURA DO VALE – MEU RIO GRANDE DO NORTE

MEU RIO GRANDE DO NORTE – RENATO CALDAS (1980)
ASSU – RIO GRANDE DO NORTE

Açu, ó terra querida,
Que deu vida à minha vida,
Paz, amor, inspiração;
Por ti, cidade dileta,
Fui um boêmio-poeta...
Que rendosa profissão;
E aos demais municípios
Que seguem os mesmos princípios
Da grande Revolução;
Eu quero nesta viagem
Deixar a grande homenagem
Da minha admiração;

LITERATURA DO VALE - A UM JASMINEIRO

A UM JASMINEIRO - DEOLINDO LIMA (1885)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN

Nos teus felizes tempos, eu te via
Todo cheio de folhas e de flores,
Num anceio de amor, então, sorvia
Tuas exhalações, os teus odores.


Quando a lua do céo, alto, espargia,
Seus thezouros de luz, os seus pallores,
O teu perfil, ao meu fulgia,
Lindo como o perfil dos meus amores...


Passo agora e te vejo desnudado,
Sem frondes, sem ramagens, desolado,
Pedindo orvalho para efflorescer...


Revive, jasmineiro de minha alma!
Traze nos teus perfumes branda calma
Ao coração exhausto de soffrer.

A partir da análise do poema em questão, podemos notar que há englobado no contexto uma nostalgia referente ao que o eu-lírico foi, e já deixou de ser. A vontade de reviver momentos antigos faz-se presente na composição, e como em poemas românticos, há sempre o citar de um amor perdido, que causa sofrimento e têm-se a necessidade de haver a reestruturação do ser em foco.

LITERATURA DO VALE – MEU RIO GRANDE DO NORTE

MEU RIO GRANDE DO NORTE – RENATO CALDAS (1980)
ASSU – RIO GRANDE DO NORTE

Alto do Rodrigues: Pendências:
São terras de preferências
Para criar e plantar:
Além de tudo, têm mais,
Dos verdes carnaubais,
Produtos para exportar.

LITERATURA DO VALE – MEU RIO GRANDE DO NORTE

MEU RIO GRANDE DO NORTE – RENATO CALDAS (1980)
ASSU – RIO GRANDE DO NORTE

Carnaubais, na verdade
Enfrenta a dificuldade
Da seca e da alagação:
Com a mesma indiferença,
Porque o seu povo só pensa
Em lutar pela Nação:

LITERATURA DO VALE - NA BALANÇA DA VERDADE SE SABE QUEM PESA MAIS

MANUEL CALIXTO DANTAS - NA BALANÇA DA VERDADE SE SABE QUEM PESA MAIS (1997)
CIDADE DE ORIGEM - SÃO RAFAEL/RN


"Se eu for à eternidade
peço a São Miguel de perto
eu quero meu peso certo
na balança da verdade
se por infelicidade
eu for julgado incapaz
vos direi vem outro atrás 
prá ser pesado depois
no julgamento dos dois
se sabe quem pesa mais."

Esses versos, remetem à cassação de alguns dos políticos mais importantes do país, impostas por Castelo Branco (durante o golpe militar), no início, Manuel Calixto exitou, por se tratar da ditadura militar, mas depois, os amigos o convenceram a criar e ficar apenas entre sí.

LITERATURA DO VALE – MEU RIO GRANDE DO NORTE

MEU RIO GRANDE DO NORTE I – RENATO CALDAS (1980)
ASSU – RIO GRANDE DO NORTE

Ipanguaçu, que desfraldas
No trono velho dos caldas
A bandeira do civismo,
Luiz Gonzaga morreu,
Porém lutou e venceu
A sanha do comunismo:

LITERATURA DO VALE – FULÔ DO MATO






FULÔ DO MATO – RENATO CALDAS (1980)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN


"Sá Dona, vossa mecê


É a fulô mais chêrosa,
A fulo mais perfumosa
qui o meu sertão já botô!
Podem fazê um cardume
de tudo qui fô fulô,
qui nenhum, nem uma só
tem o cheiro do suo
qui seu corpinho suô.
- Tem cheiro de madrugada,
Fartum de areia muiáda,
Qui o uruváio inxombriô.
É um cheiro bom, déferente,
Qui a gente sintindo, sente,
Das outa coisa o fedô."







No poema de Renato Caldas, natural da cidade de Assu, percebe-se a variação diatópica, uma linguagem mais regionalista em que predomina o apelo fonético. O eu lírico descreve em seu poema uma doce e linda mulher pela qual ele é apaixonado e gosta de seu cheiro de qualquer maneira.

LITERATURA DO VALE – DESTERRO

DESTERRO – MOYSÉS SOARES (1885)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN

Estendo a vista pelo prado... e nada
Vejo, que mate a dôr que me entristece...
Ali – saltita alegre a passarada,
Além – o sol, garboso, resplandece.

Ninguem visita a lúgubre morada
De quem vive a soffrer, de quem padece...
Assim, vive a minh’alma abandonada,
Entre á dôr, que, cada vez, mais cresce!...

E tu, mundo cruel, que me condemnas,
Tens para mim a fúria das hyenas
E o desprezo, sem fim, com que me feres...

E eu amo-a, e hei de amar eternamente...
- Dôr, rasga as fibras do meu peito ardente,
- Mundo, faze de mim o que quizeres! 

NOTA - MAIS ARTIGOS NO 4SHARED

Mais palestras do primeiro dia da II SEATEC foram repassadas à equipe. Estas, dizem respeito à literatura e à tecnologia, ambas tratando de linguagens: a tecnológica, linguagem web; enquanto as demais sobre livros do grande autor moçambicano, Mia Couto, que enriquecem a literatura com suas obras.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

NOTA - ARTIGOS NO 4SHARED

Buscando promover ainda mais a relação entre equipe acadêmica e informação de caratér fértil, o Gonimótita criou uma conta no 4shared. Essa conta servirá como auxílio para os minicursos, pois, muitas vezes, há a vontade pela parte dos espectadores em aprofundar e relembrar certos conceitos e indagações acerca das temáticas desenvolvidas pelos minicursos, mas não possuem meios para a obtenção do material. Inovando mais uma vez, essa conta constará arquivos e apresentações referentes aos minicursos e palestras, para que aqueles que tiverem interesse, possam baixar e relembrar as informações repassadas pelos ministrantes.
Para começar, você já pode baixar os artigos sobre a palestra de Desenvolvimento Sustentável e O Triste fim de Policarpo Quaresma.


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL , Jean Gleydson (Aluno do 4º Período Vespertino de Informática do Campus Ipanguaçu);
O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA , Felipe Fernandes (Aluno do 3º Período Vespertino de Informática do Campus Ipanguaçu).

domingo, 19 de setembro de 2010

POTENCIALIDADES DO VALE - CARCINICULTURA


    Atualmente no estado do Rio Grande no Norte a carcinicultura (criação de camarão) exerce lugar de respeito entre as mais variadas práticas econômicas na qual o nosso estado tem acesso.

    A criação do camarão em cativeiro responde como o principal produto de exportação do nosso estado, representando 40% de toda a exportação do Rio Grande no Norte.
    A atividade corresponde ao ramo da aqüicultura que mais cresce em todo o país, tornando o Brasil uma potência competitiva no mercado internacional e contando com apoio intenso de grande parcela dos setores governamentais. Inserido nessa parcela está o nosso estado.
    Nos últimos 40 anos é possível percebermos um notório aumento na expansão da carcinicultura não só a nível estadual, mas também a nível nacional.
    Esse grande avanço se deu principalmente pelo desenvolvimento de novas tecnologias baseadas em pesquisas cientificas realizadas especialmente nas busca de novas fórmulas para tornar constante o desenvolvimento da criação de camarão com base econômica.
    A carcinicultura serve de renda para muitos sertanejos do nosso estado, que encontraram nesse meio econômico o sustento e sobrevivência. O Vale do Açu, por sua vez, é um dos maiores pólos de carcinicultura no Rio Grande do Norte, por possuir grande quantidade de viveiros tanto em pendências, quanto em carnaúbais isso o torna uma base da economia exportadora.

sábado, 18 de setembro de 2010

CONTEXTO ATUAL DAS CIDADES E VALE DO AÇU - JUCURUTU

O município fica à uma distância de 262 quilômetros da capital potiguar, possuindo uma área extensa de 934 quilômetros quadrados, onde se distribuem 11.703 moradores na zona urbana e 7.564 na zona rural, proporcionando a formação de uma totalidade de 19.267 habitantes.
As atividades econômicas difundidas sobre a formação econômica são, principalmente, agricultura e pecuária. Há ainda a colaboração gradativa da mineração, possuindo a presença da segunda maior mina do Estado, com incidências minerais de calcário, bário, barita, cobre, mármore, ferro, talco e tungstênio. O artesanato, com suas peças formadas por barro e couro, também contribuem para a economia local.
Falando em turismo, Jucurutu apresenta como principais localidades a Serra de São João do Vale e a Casa de Pedra, um símbolo histórico encontrado no Sítio Pedra do Navio. As festividades também atraem o público de interiores próximos, como as festas do padroeiro, São Sebastião e a festa de São Miguel que ocorrem, respectivamente, em 20 de janeiro e 1º de outubro.

HISTÓRIA DAS CIDADES E VALE DO AÇU VI - JUCURUTU

Mantendo grande relação com a povoação da microrregião pelos índios Janduís, Jucurutu é uma cidade que teve sua povoação em torno de aldeamentos dos índios da tribo Jucurutu, estes, descendentes dos Janduís e, ainda, em torno da construção de uma capela em suas localidades.
A história da capela está relacionada com sentimentos de gratidão e de fé. Antônio Batista dos Santos prometeu a São Sebastião que construiria  uma capela em sua homenagem se conseguisse voltar com vitória e em paz das lutas contra Pinto Madeira. Antônio Batista obteve o desejado, voltou vencedor  e ergueu a Capela de São Sebastião. (MORAIS, 2007.p.106)
Na região, existia ainda uma propriedade rural de grande importância, por seu tamanho e fertilidade, chamada São Miguel, que trouxe como conseqüência para a região uma nova denominação, passando a se chamar São Miguel de Jucurutu.
Os níveis de crescimento e desenvolvimento continuaram em altos índices, através das atividades agrícolas e pecuaristas provindas da grande propriedade situada no lugar, além das demais residências dos trabalhadores. Isso trouxe como conseqüência a passagem de povoamento para vila.
O povoado continuou seu ritmo gradativo de desenvolvimento, comprovado por relatório de Alberto Maranhão, escrito ao Governador Pedro Velho, em junho de 1984, informando que o povoado de São Miguel de Jucurutu, localizado à margem do Rio Piranhas, tinha uma igreja, um cemitério, cerca de 30 residências particulares e escolas públicas para moradores do sexo masculino. Em 1928, a localidade alçou à condição de vila do município de Caicó. (MORAIS, 2007.p.107)
Muitas outras atividades começaram a ser encontradas no lugar, como a extração de minérios, que proporcionou o aumento populacional em detrimento das mudanças de pessoas oriundas de municípios e povoamentos. Essas mudanças transformaram o povoamento em mais um município potiguar, inicialmente chamado São Miguel de Jucurutu e, posteriormente, passando a ter a denominação atual, Jucurutu.
Em 11 de outubro de 1935, pela Lei nº 932, sancionada na gestão do Interventor Federal, Mário Leopoldo Pereira da Câmara, São Miguel de Jucurutu teve suas terras desmembradas de Caicó, Santana do Matos e Campo Grande, tornando-se mais um município do Rio Grande do Norte, Três anos depois, em 31 de outubro de 1938, o Decreto nº 603 mudou o nome do município para Jucurutu. (MORAIS, 2007.p.107)
Desde então, o município passou a ser explorado por empresas de vários lugares, fixando seus pólos na região e extraindo os recursos vindos da mineração, aumentando seus índices de desenvolvimento consideravelmente.

LITERATURA DO VALE - DEUS

DEUS – CELSO FILHO (1886)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN

Deus, dizem todos, é Omnipotente
Póde, querendo, o mundo exterminar,
E póde, se quizer, incontinente,
Outra vez, o Universo architectar!

Eu, sou homem, o ser intelligente
Cá da terra, que póde o braço armar
Para – maior que o tigre e que a serpente,
O homem – seu rival – anniquilar!

Porém Deus é maior: é soberano!
Não conhece outro Deus, outro tyrano,
Mora em cima de tudo, lá nos céos!...

Máta os filhos, sem dó nem piedade!
No entanto, todos clamam-lhe a bondade...
Ah! si eu fosse tambem como esse Deus!...

Um poema que utiliza técnicas barrocas em sua formação, utilizando a ideologia cristã sobre um Deus acima de todos os seres para criticar fortemente essa idéia hierárquica. O eu-lírico, começa com uma ironia, utilizando-se da expressão “dizem todos” para confirmar suas dúvidas sobre essa possível soberania em torno do Criador.  Além disso, há ainda as comparações entre o homem com os demais seres, estes tidos como inferiores; enquanto o primeiro citado encontra-se abaixo do Deus adotado pelo cristianismo. Por fim, a critica mais forte presente no poema é na última estrofe, quando Deus é comparado com um assassino, realizando matanças dentre os homens. Quando ele utiliza desse argumento, infere que essas ideologias do senso comum em torno de um ser onipotente contrariam a ciência com as leis naturais da existência.

LITERATURA DO VALE - NINGUÉM CONHECE NINGUÉM

NINGUÉM CONHECE NINGUÉM – RENATO CALDAS (1980)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN
DEDICATÓRIA: SEBASTIÃO ALVES MARTINS

Senhor: eu não credito
Que ninguém escute o grito
De angústia que a fome tem.
Não quero saber quem foi:
Que inventou o perdoe...
Se negando fazer o bem.

A espécie humana rasteja,
Sem saber o que deseja
Nem mesmo pra onde vai...
É marcha hostil da matéria
Na senda vil da miséria,
Caminha tropeça e cai.

Não sei no mundo o que fui
Fui talvez Edgar Poe...
Um Agostinho... Um Plutão...
Nos festins da inteligência,
Mergulhei a consciência
E o vício estendeu-me a mão.

Na estrada dos infelizes,
Na confusão dos matizes,
Nascem as flores também!
Sim, nos cérebros dos pobres
Há pensamentos tão nobres...
Ninguém conhece ninguém.

Fui nômade! Aventureiro,
Fui poeta seresteiro,
Um lovelace também!
Amei demais as mulheres
E procurei nos prazeres,
Manchar a face do bem.

Hoje, sinto a claridade,
Tenho, pois, necessidade
De meu passado esquecer.
Pouco importa os infelizes
A mancha das cicatrizes...
Se deixarem de doer.

Já viu lavar a desgraça?
Ou afogar na cachaça
A vergonha... a precisção?
É a forma conveniente
De tornar-se indiferente...
Podendo estender a mão.

Uma esmola por caridade:
É a voz da humanidade,
Morrendo de inanição
Não diga nunca perdoe,
Não queira saber: quem foi!
Esse alguém... é vosso irmão.

No poema, o eu-lírico relata suas visões acerca da fome difundida pelas camadas sociais menos elevadas e privilegiadas. A princípio, uma atitude comumente encontrada por aqueles que decidem recorrer à ajuda alheia é comentada pelo autor e, tendo suas respostas fortemente criticadas. Ele demarca, ainda, uma característica social que se reflete desde seu tempo, até os dias atuais, isto é, ele relata a avidez pela matéria do homem, procurando usufruir e ampliar ainda mais riquezas, causando miséria para os outros. Uma parte interessante do poema, que possui uma intertextualidade fértil, está na descrição do que possivelmente o eu-lírico poderia ser, citando nomes que marcaram o espaço ao qual o poema fora escrito. Talvez para trazer mais o eu-lírico para uma proximidade com os leitores, o autor utiliza de recursos de vida aos quais a maioria de nós anexa ao cotidiano: a procura nos prazeres. O pobre, ainda, é inferido como alguém de pensamento nobre, enquanto o nobre, pelas passagens, é tido como alguém de pensamento pobre, ocasionando uma ironia. O término, por sua vez, novamente retoma a expressão inicial das respostas para com os pobres, utilizando-se das idéias do cristianismo para familiarizar a relação de proximidade entre componentes de ambas as classes sociais, provocando, por outro ângulo, mais uma crítica forte para a atitude citada.